O que é o serviço de compartilhamento de bicicletas?

O que é o serviço de compartilhamento de bicicletas?

Serviço é uma alternativa sustentável e econômica para se locomover em grandes centros

Nos últimos anos, o poder público e a população em geral têm demonstrado maior preocupação com políticas que incentivem a mobilidade urbana sustentável. E para alcançar esse objetivo, uma das alternativas que ganhou mais adeptos e entusiastas são os serviços de compartilhamento de bicicleta.

 

Isso pode ser uma novidade recente para muitas pessoas, mas esse sistema já é utilizado em alguns países da Europa há várias décadas. No texto abaixo, conheça mais detalhes sobre esse mecanismo e seu funcionamento.

 

O que é?

Basicamente, o sistema de compartilhamento de bicicletas, também chamado de bike sharing, é um sistema sustentável e uma alternativa para locomoção urbana, sobretudo nas grandes cidades. Ele começou com o intuito de ser uma opção de transporte para percorrer distâncias curtas, sobretudo para quem gostaria de mudar a rotina e trocar o carro ou o ônibus por uma alternativa que fosse mais econômica e ecologicamente viável.

 

O sistema seria baseado em um mecanismo de autoatendimento em que os usuários poderiam alugar as bikes vinculadas ao sistema. Assim, elas poderiam retirar a bike em determinado ponto e devolvê-la em qualquer outro que estiver distribuído pela cidade. Normalmente, as bicicletas são oferecidas por uma empresa privada, que formaliza uma parceria com alguma instituição pública.

 

Dessa forma, o compartilhamento de bikes atrai tanto pessoas que não tem uma bicicleta ou como aqueles que têm, mas encontram problemas para estacioná-la no dia a dia. Normalmente, esses sistemas estão presentes ao longo da malha cicloviária das cidades, fator que motiva mais pessoas a utilizarem este serviço.

 

Evolução e diferentes tipos

A evolução dessas práticas e o aprimoramento da tecnologia permitiu que esses sistemas de compartilhamento pudessem evoluir, com o surgimento de novos tipos de sistemas. A origem dessa prática aconteceu em Amsterdã, na Holanda, onde ficou conhecido como “bicicletas brancas”.

 

Ainda que devesse ser uma alternativa de transporte, havia limitações. Uma delas era justamente que o serviço, para continuar sendo gratuito, precisava ser limitado a um determinado local, como um parque, pois assim era mais difícil das bicicletas sofrerem vandalismo ou serem furtadas.

 

Assim, na década de 1990, ocorreu uma evolução natural deste sistema na Dinamarca. Nele, a bicicleta era liberada para o usuário por meio de um mecanismo simples, acionado após o ciclista inserir uma moeda.

 

Ainda não havia rastreamento das bikes, portanto, o uso ainda ficou restrito a determinadas áreas da cidade. Entretanto, o sistema ainda era gratuito, uma vez que ao fazer a devolução da bicicleta em um dos locais determinados, o usuário recebia a moeda de volta.

 

Outra evolução do sistema ocorreu na Ásia, ainda no final da década de 1990. Nele, as bicicletas eram personalizadas e cobriam uma área maior dos municípios. Essa foi a primeira vez que o serviço passou a ser monetizado, tanto com a divulgação de materiais publicitários nas estações como pela cobrança do uso da bicicleta. Contudo, elas ainda não podiam ser deixadas em qualquer lugar.

 

Uso de aplicativo

Mais recentemente, o sistema evoluiu e permitiu mais liberdade para os usuários, por meio do uso de aplicativos em smartphones. Através do aplicativo, é possível pagar e desbloquear o uso das bikes e, com a instalação de GPS nelas, a empresa pode recolhê-las em qualquer lugar da cidade, levando-as até uma estação próxima para serem utilizadas por outras pessoas.

 

O aplicativo também permite ver estações que estejam nas proximidades e até mesmo encontrar bicicletas separadas que tenham sido utilizadas por outros ciclistas. Apesar de oferecer maior praticidade no dia a dia das pessoas, esse sistema ainda está em evolução e pode ter mais sucesso ao ser integrado com outros modais, como estações de transporte público.